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[[File:0000170 shiva-with-fountain-2124AX 600.jpeg|thumb|upright=1.3|Shiva depicted as Nataraja, Lord of the Dance]]
[[File:0000170 shiva-with-fountain-2124AX 600.jpeg|thumb|upright=1.3|Shiva representado como Nataraja, Senhor da Dança]]


'''Shiva''' is one of the most popular deities in India. Along with [[Special:MyLanguage/Brahma|Brahma]] and [[Special:MyLanguage/Vishnu|Vishnu]], he is part of the Hindu triad, the trimurti. Brahma, Vishnu and Shiva are understood to be three manifestations of the One Supreme Being. They are the “three in one,” corresponding to the Western Trinity of Father, Son and Holy Spirit. Brahma personifies the creator aspect of God, Vishnu the preserver and protector and Shiva the destroyer or dissolver. Shiva embodies all these aspects to Hindus who select him as their chosen deity.
'''Shiva''' é uma das divindades mais conhecidas da Índia. Com [[Special:MyLanguage/Brahma|Brahma]] e [[Special:MyLanguage/Vishnu|Vishnu]], ele faz parte da trindade hindu, a ''trimurti''. Brahma, Vishnu e Shiva são considerados as três manifestações do Ser Supremo. São o “três em um” da Trindade Ocidental – Pai, Filho e Espírito Santo. Brahma personifica o aspecto criador de Deus; Vishnu, o preservador e o protetor; e Shiva, o destruidor ou o desintegrador. Para os hindus que o elegeram como divindade preferida, Shiva encarna todos os aspectos.


Shiva’s devotees revere him as the supreme Reality, the total Godhead. They see him as the Guru of all gurus, the destroyer of worldliness, ignorance, evil and evildoers, hatred and disease. He bestows wisdom and long life, and he embodies renunciation and compassion.
Os devotos de Shiva reverenciam-no como a Realidade Suprema, a Divindade Total. Veem-no como o Guru de todos os gurus, o destruidor do mundano, da ignorância, do mal e dos malfeitores, do ódio e das doenças. Ele concede sabedoria e longevidade, e encarna a renúncia e a compaixão.


== Hindu beliefs ==
<span id="Hindu_beliefs"></span>
== Crenças hindus ==


The name ''Shiva'' is derived from a Sanskrit word meaning “auspicious,” “kind” or “friendly.” The many aspects and functions of Shiva are represented in the various names given to him. The Hindu scripture called Shiva-Purana gives 1,008 names for Shiva. One of Shiva’s names is Shambhu, which means “benevolent” or “causing happiness.” Another name is Shankara, meaning “giver of joy” or “bestower of good.” As Mahadeva, he is the “great god.
O nome ''Shiva'' deriva do sânscrito e significa “auspicioso, bondoso” ou “amigável”. Os muitos aspectos e funções de Shiva estão representados nos vários nomes que lhe são atribuídos. A escritura hindu Shiva-Purana atribui-lhe mil e oito nomes. Um deles é “Shambhu”, que significa “benevolente” ou “que causa felicidade”. Outro nome é “Shankara”, o “concessor de alegria” ou “concessor do bem”. Como “Mahadeva”, ele é o “grande deus”.


Pashupati is another epithet, which means “lord of cattle.” As Lord of Cattle, Shiva is the herdsman or shepherd of souls. Shiva is portrayed riding a white bull named (“joyful”). According to Hindu tradition, he was one of Shiva’s devotees who assumed the form of a bull because the human body was not strong enough to contain his devotional ecstasy for Shiva. Nandi the bull is depicted in most Shiva temples. He is usually seated, facing the figure of Shiva. Nandi symbolizes the soul of man longing for God. He also represents the soul who is in deep contemplation of Shiva as the supreme Reality. Shiva will help you to unlock your supreme Reality.
“Pashupati” é outro dos seus epítetos e significa “senhor do gado”. Como Senhor do Gado, Shiva é o vaqueiro ou o pastor de almas. Shiva é retratado montando um touro branco denominado (“alegre”). Segundo a tradição hindu, ele é um dos devotos de Shiva que assumiu a forma de touro por que o seu corpo físico não era suficientemente forte para conter o êxtase devocional que nutria por Shiva. Nandi, o touro, é representado na maioria dos templos de Shiva. Habitualmente está sentado, em frente da figura de Shiva. Nandi simboliza a alma humana que anseia por Deus. Ele também representa a alma em profunda contemplação de Shiva como a Realidade suprema. Shiva ajuda-nos a desbloquear a nossa Realidade suprema.


== Devotion to Shiva ==
<span id="Devotion_to_Shiva"></span>
== Devoção a Shiva ==


The worship of Shiva is rooted in the tradition of [[Special:MyLanguage/bhakti yoga|bhakti yoga]], the path of union with God through love. The devotee chooses a specific deity or incarnation of God to whom he gives all of his devotion. He loves this aspect of God more than anything or anyone else.   
O culto a Shiva está enraizado na tradição de [[Special:MyLanguage/bhakti yoga|bhakti yoga]], a senda de união com Deus através do amor. O devoto escolhe uma divindade ou encarnação específica de Deus a quem ele oferece toda a sua devoção. Ele ama esse aspecto de Deus mais do que qualquer coisa ou qualquer outra pessoa.   


Singing [[Special:MyLanguage/bhajan|bhajan]]s, with voice and heart upraised in sublime praise to Shiva, is one of the ways devotees move closer to their Lord. They also pray to him, emulate him, have faith in his grace and compassion, and venerate his image. In bhakti yoga, the deity represents the [[Special:MyLanguage/Atman|Atman]]—the indwelling God, the imperishable, undecaying core of man. As the disciple adores his chosen ideal, he not only unfolds his own latent divinity but he also becomes one with his beloved. The goal of the lovers of Shiva is to gain ''shivatva'', the nature of Shiva.
Cantar [[Special:MyLanguage/bhajan|bhajan]]s, com voz e coração elevados em sublime louvor a Shiva, é uma das maneiras pelas quais os devotos se aproximam de seu Senhor. Eles também oram a ele, imitam-no, têm fé em sua graça e compaixão e veneram sua imagem. No bhakti yoga, a divindade representa o [[Special:MyLanguage/Atman|Atman]] - o Deus que habita em nós, o cerne imperecível e imutável do homem. Como o discípulo adora o ideal escolhido, ele não apenas revela sua própria divindade latente, mas também se torna um com sua amada. O objetivo dos amantes de Shiva é ganhar ''shivatva'', a natureza de Shiva.


As the soul cultivates supreme love for Shiva, he comes as the Guru to save the soul, to awaken her to her inner reality and to purge her of all lesser loves. By continually contemplating his name and image, by forsaking all that is not Shiva—the distractions of the mind and the temporary delights of the senses—the soul becomes solely a creature of the divine will. She is moved and animated by Shiva’s cosmic dance, until she and Shiva are at last one. “None know where the Lord [Shiva] resides,” says Tirumular, the saint and yogi who wrote more than three thousand hymns to Shiva. “To them who seek him he resides eternally within. When you see the Lord, he and you become one.”
Enquanto a alma cultiva o amor supremo por Shiva, ele vem como o Guru para salvar a alma, despertá-la para sua realidade interior e purificá-la de todos os amores menores. Ao contemplar continuamente seu nome e imagem, abandonando tudo o que não é Shiva - as distrações da mente e as delícias temporárias dos sentidos - a alma se torna apenas uma criatura da vontade divina. Ela é movida e animada pela dança cósmica de Shiva, até que ela e Shiva finalmente são um. “Ninguém sabe onde reside o Senhor [Shiva], diz Tirumular, o santo e iogue que escreveu mais de três mil hinos a Shiva. “Para aqueles que o procuram, ele reside eternamente dentro de si. Quando você vê o Senhor, ele e você se tornam um.”


[[File:Hindukailash.JPG|thumb|upright=1|Shiva, Parvati and their sons at Mount Kailas (18th century)]]
[[File:Hindukailash.JPG|thumb|upright=1|Shiva, Parvati e seus filhos no Monte Kailas (século dezoito)]]


== Attributes of Shiva ==
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== Atributos de Shiva ==


Shiva is a study in contrasts. He symbolizes both contemplation and action. He is often shown deep in meditation as a mendicant yogi. As the Maha Yogi, or great yogi, he is the King of Yogis, the supreme embodiment of the spirit of asceticism. Shiva also personifies the dynamic universe. In the Hindu scripture Kurma-Purana, Shiva says: “I am the originator, the god abiding in supreme bliss. I, the yogi, dance eternally.”<ref>Stella Kramrisch, ''The Presence of Shiva'' (Princeton, N.J.: Princeton University Press, 1981), p. 439.</ref>
Shiva é um estudo em contrastes. Ele simboliza a contemplação e a ação. Muitas vezes, é retratado em meditação profunda, como um iogue mendicante. Como Maha Iogue, ou grande iogue, ele é o Rei dos Iogues, a encarnação suprema do espírito de ascetismo. Shiva também personifica o universo dinâmico. Na escritura hindu Kurma-Purana ele diz: “Eu sou o originador, o deus que vive em suprema bem-aventurança. Eu, o iogue, danço eternamente.”<ref>Stella Kramrisch, ''The Presence of Shiva''. Princeton, N. J.: Princeton University Press, 1981, p. 439.</ref>457


According to Hindu belief, Shiva performs a variety of dances. One of his dances is called the Tandava. This is his dance of creation and destruction. Shiva dances the universe into being, sustains it and then dances it out of existence at the end of an age. The most celebrated representation of Shiva is that of Nataraja, the King of Dancers, or Lord of the Dance. The place of Nataraja’s dance is the golden hall at the center of the universe. This golden hall represents the heart of man. One Hindu hymn that celebrates Shiva’s dance says that “as he dances, he appears in the immaculate lotus of the heart.<ref>Ibid., pp. 439–40.</ref>
Segundo a crença hindu, Shiva executa uma variedade de danças. Uma delas é chamada a Tandava, a dança da criação e da destruição. Shiva dança para que o universo tenha existência, ele sustenta-o e, depois, dança a sua extinção, no final de uma era. A representação mais celebrada de Shiva é Nataraja, o Rei dos Dançarinos, ou Senhor da Dança. Nataraja dança no salão dourado, no centro do universo. Esse salão representa o coração do homem. Um hino hindu que celebra a dança de Shiva diz que “conforme ele dança, aparece no lótus imaculado do coração”.<ref>Idem.</ref>


== Mount Kailas ==
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== Monte Kailas ==


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Mount Kailas is Shiva’s throne and the location of his paradise. This majestic mountain is the highest point of the Kailas mountain range in the Tibetan Himalayas. Hindus revere Kailas as the most holy mountain in the world and make pilgrimages there.
O monte Kailas é o trono de Shiva e o lugar do seu paraíso. Essa montanha majestosa é o ponto mais alto da cadeia de montanhas de mesmo nome, nos Himalaias tibetanos. Os hindus reverenciam-na como a montanha mais sagrada do mundo e dirigem-se ali em peregrinação.


The relationship of Shiva with his devotees is an intensely personal one. Although he resides at Kailas, his favorite home is in the heart of his devotees.
O relacionamento de Shiva com os seus devotos é intensamente pessoal. Embora ele resida em Kailas, a sua morada favorita é no coração dos seus devotos.


== The Ganges River ==
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== O Rio Ganges ==


According to Hindu tradition, when the gods decided to allow the Ganges River to descend from heaven, Shiva received the full impact of the massive weight of the falling water on his head lest the earth be shattered by the gigantic torrent. Shiva’s matted hair tamed the rushing cascade. He divided it into seven holy rivers, and the waters descended gently to earth.
Segundo a tradição hindu, quando os deuses permitiram que o rio Ganges descesse do céu, Shiva recebeu na cabeça todo o impacto do peso da água que descia, para que a Terra não fosse estilhaçada pela torrente gigantesca. Os cabelos emaranhados de Shiva suavizaram a torrente impetuosa. Ele dividiu-a em sete rios sagrados e as águas desceram suavemente sobre a terra.


To Hindus, the Ganges represents the refreshing river of spiritual wisdom. According to Hindu tradition, when the gods decided to allow that Ganges River to descend from heaven, Shiva in that point of the vortex of light, the whirling energy around him, was actually the balance between heaven and earth of the river that descended, which was a river of light and became the river of earth. And so the water of the Ganges is considered by Hindus to be a magical water, a holy water that purifies anything. The [[Special:MyLanguage/ascended master|ascended master]]s teach that these seven holy rivers also represent the seven rays of the [[Special:MyLanguage/Holy Spirit|Holy Spirit]] that come out of the white light.  
Para os hindus, o Ganges representa o rio refrescante da sabedoria espiritual. Segundo essa tradição, quando os deuses permitiram que o Rio Ganges descesse do céu, Shiva no ponto do vórtice de luz, com a energia movimentando-se ao seu redor foi, na verdade, o equilíbrio entre o céu e a terra do rio que descia, que era um rio de luz e se transformou em rio da terra. Por isso, os hindus consideram mágica a água do Ganges, uma água santa que purifica qualquer coisa. Os [[Special:MyLanguage/ascended master|mestres ascensos]] ensinam que esses sete rios sagrados também representam os sete raios do [[Special:MyLanguage/Holy Spirit|Espírito Santo]], que têm origem na luz branca.  


[[File:Shiva.jpg|thumb|Shiva]]
[[File:Shiva.jpg|thumb|Shiva]]


== His teaching ==
<span id="His_teaching"></span>
== Seu ensinamento ==


Shiva’s role parallels that of the Holy Spirit in the Western Trinity. Shiva teaches that the [[Special:MyLanguage/threefold flame|threefold flame]] in your heart is the personification of Brahma, Vishnu and Shiva. He says:  
O cargo de Shiva equivale ao do Espírito Santo na Trindade Ocidental. Ele ensina que a [[Special:MyLanguage/threefold flame|chama trina]] do coração é a personificação de Brahma, Vishnu e Shiva. Ele diz:  


<blockquote>You can see those three plumes as ourselves personified. Then you may talk to us. We are not a three-headed god, but Three-in-One, for we also have a threefold flame....</blockquote>
<blockquote>
Podeis ver essas plumas como sendo nós mesmos personificados. Depois, podeis conversar conosco. Não somos um deus de três cabeças, mas Três-em-Um, pois também temos uma chama trina.


<blockquote>It is well for a time to visualize us personally rather than simply as an impersonal flame that is burning. Meditate upon us not as statues or pagan gods but as the very fire and the replica of the Godhead that has been placed in your heart.</blockquote>
Seria bom que, por algum tempo, nos visualizásseis individualmente e não simplesmente como uma chama impessoal que arde. Meditai sobre nós, não como estátuas ou deuses pagãos, mas como fogo e réplica da Divindade, que foi colocada no vosso coração.
</blockquote>


Shiva says that he is always near at hand to answer your prayers.
Shiva diz que está sempre à mão para responder às nossas preces:


<blockquote>You do not need to call me with a long and loud call as if I were far away! A simple signal will suffice, for I am the genie of the ruby ray. I am always ready! Turn your life around with me, and I will show you my cosmic dance. And I will dance with you and whirl in the sphere of fire. Yes, I shall show you how imminent is your victory.<ref>Lord Shiva, “The Power of Change,” {{POWref|34|62|, December 1, 1991}}</ref></blockquote>  
<blockquote>Não precisais fazer um chamado longo e em voz muito alta, como se eu estivesse distante! Basta um simples sinal, pois sou o gênio do raio rubi. Estou sempre pronto! Transformai a vossa vida comigo e eu mostrar-vos-ei a minha dança cósmica. Dançarei convosco e rodopiarei na esfera de fogo. Sim, mostrarei como é eminente a vossa vitória.<ref>Senhor Shiva, The Power of Change (O Poder da Mudança), Pérolas de Sabedoria, vol. 34, n° 62, 1 de dezembro de 1991.</ref></blockquote>  


Lord Shiva encourages us to try an experiment for overcoming negative habits. He says:  
O Senhor Shiva incentiva-nos a fazer um experimento para superar hábitos negativos. Ele diz:  


<blockquote>Give yourself a cycle to rise to a plane of greater dominion. Make a God-determination. Think now of a very certain condition within your consciousness that you know absolutely must go. Think of that human consciousness. Think of that problem or habit that has gnawed at you and kept you from your eternal salvation.</blockquote>
<blockquote>
Concedei a vós mesmos um ciclo para vos elevardes a um plano de maior domínio. Fazei-o com uma determinação divina. Pensai agora em determinada condição da vossa consciência que sabeis que precisa desaparecer por completo. Pensai nessa consciência humana. Pensai nesse problema ou hábito que vos atormenta e impede que alcanceis a salvação eterna.


<blockquote>Now, beloved ones, I ask you, be a scientist of the New Age and try this one experiment for the next forty-eight hours: Each time you face that momentum—that memory, that consciousness, that habit or that desire, whatever it is that you long to see put into the flame—each time it crosses the line of the mind, the desire body, or your big toe, each time it comes into the memory, speak into it with the full ferocity of your voice: “Shiva! Shiva! Shiva! Shiva!”<ref>Lord Shiva, “The Touch of Shiva: The Initiation of Love,” Part 2, {{POWref|21|47|, November 19, 1978}}</ref></blockquote>
Agora, amados, peço-vos, sede como um cientista da Nova Era e, nas próximas quarenta e oito horas, experimentai o seguinte: todas as vezes que enfrentardes esse momentum – essa memória, essa consciência, esse hábito ou esse desejo, seja o que for que desejais ver lançado na chama – todas as vezes que ele cruzar a vossa mente, o corpo de desejos ou o dedão do pé; todas as vezes que vos lembrardes dele, clamai energicamente: “Shiva! Shiva! Shiva! Shiva!”<ref>Senhor Shiva, The Touch of Shiva: The Initiation of Love (O Toque de Shiva: A Iniciação do Amor), Parte 2, Pérolas de Sabedoria, vol. 21, n° 47, 19 de novembro de 1978.</ref>
</blockquote>


== Feminine counterparts ==
<span id="Feminine_counterparts"></span>
== Contrapartidas femininas ==


In Hindu tradition, every masculine personification of God has a feminine counterpart, or [[Special:MyLanguage/shakti|shakti]]. The masculine creative power is activated by this feminine principle. Thus, Shiva’s action is crystallized in the world of form through his female counterpart. His hidden nature is made visible through her. Shiva’s shakti appears in three primary forms—as [[Special:MyLanguage/Parvati|Parvati]], [[Special:MyLanguage/Durga|Durga]] and [[Special:MyLanguage/Kali|Kali]].
Na tradição hindu, toda personificação masculina de Deus tem uma contrapartida feminina, ou [[Special:MyLanguage/shakti|shakti]]. O poder criador masculino é ativado pelo princípio feminino. Assim, a ação de Shiva cristaliza-se no mundo da forma por meio da sua contrapartida feminina. Graças a ela a sua natureza oculta torna-se visível. A shakti de Shiva aparece em três formas primárias – como [[Special:MyLanguage/Parvati|Parvati]], [[Special:MyLanguage/Durga|Durga]] e [[Special:MyLanguage/Kali|Kali]].


== See also ==
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== Ver também ==


[[Special:MyLanguage/Parvati|Parvati]]
[[Special:MyLanguage/Parvati|Parvati]]
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[[Special:MyLanguage/Kali|Kali]]
[[Special:MyLanguage/Kali|Kali]]


== Sources ==
<span id="Sources"></span>
== Fontes ==


{{MTR}}, s.v. “Shiva, Parvati, Durga and Kali.”
{{MTR-pt}}, s.v. “Shiva, Parvati, Durga e Kali.”


''Shiva! Sacred chants from the heart of India'', audio album, liner notes.
''Shiva! Sacred chants from the heart of India'', CD de áudio, descrição.


[[Category:Heavenly beings]]
[[Category:Seres celestiais]]


<references />
<references />

Latest revision as of 21:23, 30 October 2023

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Shiva representado como Nataraja, Senhor da Dança

Shiva é uma das divindades mais conhecidas da Índia. Com Brahma e Vishnu, ele faz parte da trindade hindu, a trimurti. Brahma, Vishnu e Shiva são considerados as três manifestações do Ser Supremo. São o “três em um” da Trindade Ocidental – Pai, Filho e Espírito Santo. Brahma personifica o aspecto criador de Deus; Vishnu, o preservador e o protetor; e Shiva, o destruidor ou o desintegrador. Para os hindus que o elegeram como divindade preferida, Shiva encarna todos os aspectos.

Os devotos de Shiva reverenciam-no como a Realidade Suprema, a Divindade Total. Veem-no como o Guru de todos os gurus, o destruidor do mundano, da ignorância, do mal e dos malfeitores, do ódio e das doenças. Ele concede sabedoria e longevidade, e encarna a renúncia e a compaixão.

Crenças hindus

O nome Shiva deriva do sânscrito e significa “auspicioso, bondoso” ou “amigável”. Os muitos aspectos e funções de Shiva estão representados nos vários nomes que lhe são atribuídos. A escritura hindu Shiva-Purana atribui-lhe mil e oito nomes. Um deles é “Shambhu”, que significa “benevolente” ou “que causa felicidade”. Outro nome é “Shankara”, o “concessor de alegria” ou “concessor do bem”. Como “Mahadeva”, ele é o “grande deus”.

“Pashupati” é outro dos seus epítetos e significa “senhor do gado”. Como Senhor do Gado, Shiva é o vaqueiro ou o pastor de almas. Shiva é retratado montando um touro branco denominado (“alegre”). Segundo a tradição hindu, ele é um dos devotos de Shiva que assumiu a forma de touro por que o seu corpo físico não era suficientemente forte para conter o êxtase devocional que nutria por Shiva. Nandi, o touro, é representado na maioria dos templos de Shiva. Habitualmente está sentado, em frente da figura de Shiva. Nandi simboliza a alma humana que anseia por Deus. Ele também representa a alma em profunda contemplação de Shiva como a Realidade suprema. Shiva ajuda-nos a desbloquear a nossa Realidade suprema.

Devoção a Shiva

O culto a Shiva está enraizado na tradição de bhakti yoga, a senda de união com Deus através do amor. O devoto escolhe uma divindade ou encarnação específica de Deus a quem ele oferece toda a sua devoção. Ele ama esse aspecto de Deus mais do que qualquer coisa ou qualquer outra pessoa.

Cantar bhajans, com voz e coração elevados em sublime louvor a Shiva, é uma das maneiras pelas quais os devotos se aproximam de seu Senhor. Eles também oram a ele, imitam-no, têm fé em sua graça e compaixão e veneram sua imagem. No bhakti yoga, a divindade representa o Atman - o Deus que habita em nós, o cerne imperecível e imutável do homem. Como o discípulo adora o ideal escolhido, ele não apenas revela sua própria divindade latente, mas também se torna um com sua amada. O objetivo dos amantes de Shiva é ganhar shivatva, a natureza de Shiva.

Enquanto a alma cultiva o amor supremo por Shiva, ele vem como o Guru para salvar a alma, despertá-la para sua realidade interior e purificá-la de todos os amores menores. Ao contemplar continuamente seu nome e imagem, abandonando tudo o que não é Shiva - as distrações da mente e as delícias temporárias dos sentidos - a alma se torna apenas uma criatura da vontade divina. Ela é movida e animada pela dança cósmica de Shiva, até que ela e Shiva finalmente são um. “Ninguém sabe onde reside o Senhor [Shiva]”, diz Tirumular, o santo e iogue que escreveu mais de três mil hinos a Shiva. “Para aqueles que o procuram, ele reside eternamente dentro de si. Quando você vê o Senhor, ele e você se tornam um.”

Shiva, Parvati e seus filhos no Monte Kailas (século dezoito)

Atributos de Shiva

Shiva é um estudo em contrastes. Ele simboliza a contemplação e a ação. Muitas vezes, é retratado em meditação profunda, como um iogue mendicante. Como Maha Iogue, ou grande iogue, ele é o Rei dos Iogues, a encarnação suprema do espírito de ascetismo. Shiva também personifica o universo dinâmico. Na escritura hindu Kurma-Purana ele diz: “Eu sou o originador, o deus que vive em suprema bem-aventurança. Eu, o iogue, danço eternamente.”[1]457

Segundo a crença hindu, Shiva executa uma variedade de danças. Uma delas é chamada a Tandava, a dança da criação e da destruição. Shiva dança para que o universo tenha existência, ele sustenta-o e, depois, dança a sua extinção, no final de uma era. A representação mais celebrada de Shiva é Nataraja, o Rei dos Dançarinos, ou Senhor da Dança. Nataraja dança no salão dourado, no centro do universo. Esse salão representa o coração do homem. Um hino hindu que celebra a dança de Shiva diz que “conforme ele dança, aparece no lótus imaculado do coração”.[2]

Monte Kailas

Artígo principal: Monte Kailas

O monte Kailas é o trono de Shiva e o lugar do seu paraíso. Essa montanha majestosa é o ponto mais alto da cadeia de montanhas de mesmo nome, nos Himalaias tibetanos. Os hindus reverenciam-na como a montanha mais sagrada do mundo e dirigem-se ali em peregrinação.

O relacionamento de Shiva com os seus devotos é intensamente pessoal. Embora ele resida em Kailas, a sua morada favorita é no coração dos seus devotos.

O Rio Ganges

Segundo a tradição hindu, quando os deuses permitiram que o rio Ganges descesse do céu, Shiva recebeu na cabeça todo o impacto do peso da água que descia, para que a Terra não fosse estilhaçada pela torrente gigantesca. Os cabelos emaranhados de Shiva suavizaram a torrente impetuosa. Ele dividiu-a em sete rios sagrados e as águas desceram suavemente sobre a terra.

Para os hindus, o Ganges representa o rio refrescante da sabedoria espiritual. Segundo essa tradição, quando os deuses permitiram que o Rio Ganges descesse do céu, Shiva no ponto do vórtice de luz, com a energia movimentando-se ao seu redor foi, na verdade, o equilíbrio entre o céu e a terra do rio que descia, que era um rio de luz e se transformou em rio da terra. Por isso, os hindus consideram mágica a água do Ganges, uma água santa que purifica qualquer coisa. Os mestres ascensos ensinam que esses sete rios sagrados também representam os sete raios do Espírito Santo, que têm origem na luz branca.

Shiva

Seu ensinamento

O cargo de Shiva equivale ao do Espírito Santo na Trindade Ocidental. Ele ensina que a chama trina do coração é a personificação de Brahma, Vishnu e Shiva. Ele diz:

Podeis ver essas plumas como sendo nós mesmos personificados. Depois, podeis conversar conosco. Não somos um deus de três cabeças, mas Três-em-Um, pois também temos uma chama trina.

Seria bom que, por algum tempo, nos visualizásseis individualmente e não simplesmente como uma chama impessoal que arde. Meditai sobre nós, não como estátuas ou deuses pagãos, mas como fogo e réplica da Divindade, que foi colocada no vosso coração.

Shiva diz que está sempre à mão para responder às nossas preces:

Não precisais fazer um chamado longo e em voz muito alta, como se eu estivesse distante! Basta um simples sinal, pois sou o gênio do raio rubi. Estou sempre pronto! Transformai a vossa vida comigo e eu mostrar-vos-ei a minha dança cósmica. Dançarei convosco e rodopiarei na esfera de fogo. Sim, mostrarei como é eminente a vossa vitória.[3]

O Senhor Shiva incentiva-nos a fazer um experimento para superar hábitos negativos. Ele diz:

Concedei a vós mesmos um ciclo para vos elevardes a um plano de maior domínio. Fazei-o com uma determinação divina. Pensai agora em determinada condição da vossa consciência que sabeis que precisa desaparecer por completo. Pensai nessa consciência humana. Pensai nesse problema ou hábito que vos atormenta e impede que alcanceis a salvação eterna.

Agora, amados, peço-vos, sede como um cientista da Nova Era e, nas próximas quarenta e oito horas, experimentai o seguinte: todas as vezes que enfrentardes esse momentum – essa memória, essa consciência, esse hábito ou esse desejo, seja o que for que desejais ver lançado na chama – todas as vezes que ele cruzar a vossa mente, o corpo de desejos ou o dedão do pé; todas as vezes que vos lembrardes dele, clamai energicamente: “Shiva! Shiva! Shiva! Shiva!”[4]

Contrapartidas femininas

Na tradição hindu, toda personificação masculina de Deus tem uma contrapartida feminina, ou shakti. O poder criador masculino é ativado pelo princípio feminino. Assim, a ação de Shiva cristaliza-se no mundo da forma por meio da sua contrapartida feminina. Graças a ela a sua natureza oculta torna-se visível. A shakti de Shiva aparece em três formas primárias – como Parvati, Durga e Kali.

Ver também

Parvati

Durga

Kali

Fontes

Mark L. Prophet e Elizabeth Clare Prophet, Os Mestres e os seus retiros, s.v. “Shiva, Parvati, Durga e Kali.”

Shiva! Sacred chants from the heart of India, CD de áudio, descrição.

  1. Stella Kramrisch, The Presence of Shiva. Princeton, N. J.: Princeton University Press, 1981, p. 439.
  2. Idem.
  3. Senhor Shiva, The Power of Change (O Poder da Mudança), Pérolas de Sabedoria, vol. 34, n° 62, 1 de dezembro de 1991.
  4. Senhor Shiva, The Touch of Shiva: The Initiation of Love (O Toque de Shiva: A Iniciação do Amor), Parte 2, Pérolas de Sabedoria, vol. 21, n° 47, 19 de novembro de 1978.