Mãe do Mundo

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Mãe do Mundo, Nicholas Roerich (1924)

A representante mais elevada do raio feminino na Terra e aquela que ocupa o cargo de Mãe do Mundo. A que foi escolhida pelos Senhores do Carma e pelo Senhor do Mundo como representante da Mãe do Mundo, para vestir a coroa da Mãe do Mundo - uma coroa com doze estrelas - e portar seu cepto de autoridade, guardando a chama do conceito imaculado em prol de todos os que evoluem no planeta Terra. “Viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça.” (Ap 12)

O mais alto representante do raio masculino de Deus na Terra é aquele que ocupa o cargo de Senhor do Mundo, que deve ter atingido a plenitude da iluminação búdica na senda da iniciação.

Ensinamentos do Agni Yoga

O cargo de Mãe do Mundo, assim como de Mãe Eterna, é um cargo intemporal na Hierarquia ocupado por uma pessoa encarregada pelo Pai para dar à luz os Budas. Nos ensinamentos da Agni Yoga, a Mãe do Mundo é a matriarca e iniciadora da hierarquia de seres espirituais comprometidos com este planeta. É também a mãe espiritual de todos os Seres Crísticos e Budas da história.

Helena Roerich, amanuense de El Morya, divulgou a importante missão da Mãe do Mundo, nesta era. Na década de 1920, ela divulgou os ensinamentos da Grande Fraternidade Branca por meio da Agni Yoga. No seu livro Mãe do Mundo, Helena Roerich descreve a Mãe do Mundo como “o Grande Espírito do Princípio Feminino”, que algumas vezes aparece pessoalmente nas encarnações dos avatares “impregnados pelo seu Raio”.< ref>Cartas de Helena Roerich, vol. II, São Paulo, ed. Pensamento.</ref>

Desde tempos imemoriais, a Mãe do Mundo tem enviado realizações. Na história da humanidade, a Sua Mão tece um fio inquebrável.

A Sua Voz ressoou no Sinai. Ela assumiu a imagem de Kali. Ela estava na base dos cultos de Ísis e de Ishtar. Depois da Atlântida, quando um golpe foi desferido contra o culto do espírito, a Mãe do Mundo começou a tecer um novo fio, que começará agora a reluzir.

Depois da Atlântida, a Mãe do Mundo cobriu a Sua Face e proibiu que o Seu Nome fosse pronunciado, até ao soar da hora das constelações. Ela só se manifestava parcialmente. Nunca se manifestou em escala planetária... O velho mundo rejeitou a Mãe do Mundo, mas o Novo Mundo começa a aperceber-se do seu véu resplandescente.[1]

Para Nicholas Roerich – esposo de Helena Roerich e mensageiro dos mestres ascensos – a Mãe do Mundo era o símbolo mais elevado da unidade mundial, o mais universal de todos os grandes instrutores. Ele pintou-a muitas vezes ao longo da sua carreira. Frequentemente, representava-a com os olhos cobertos ou velados por um véu azul, indicando que certos mistérios do universo ainda não podem ser revelados ao homem.

A Mãe do Mundo não está mais velada

Atualmente, a Mãe do Mundo não está mais oculta, mas manifesta-se em escala planetária. Ela procura os seus filhos e quer libertá-los dos fardos que os oprimem. A cultura da Mãe existiu nas civilizações das eras de ouro da Lemúria e da Atlântida. Nos tempos atuais, precisamos restaurar a verdadeira cultura da América, que é a cultura da Mãe do Mundo.

A Mãe do Mundo disse:

Adoro o Filho, pois eu sou Mãe. Estou no coração do lírio da tua alma e no coração da meta da vida. Estou no centro da unidade da tua chama, ó filho do meu coração.

Estou em todos os lugares e em lugar nenhum. Vem e encontra-me. Eu sou a luz da Mãe que varre as nuvens ondulantes que se escondem e espiam por entre as árvores e o canto dos pássaros.

Estou nos sonhos mais caros e nos propósitos mais elevados que acalentas. E estou contigo quando revolves os carvões e as brasas agonizantes da condição que tinhas anteriormente, procurando ali um conforto que não existe mais. Pois o consolo do teu coração está em alcançar sempre o meu para ali descobrir, com asas estendidas, tal qual a águia em voo, o regozijo da própria alma que, cada vez mais, alcança a nova personalidade do teu Ser. É Deus – o consolo eterno, a pessoa da tua vida – sempre alcançando, empenhando-se, superando-se e acelerando.

Começa a surgir uma fricção necessária de mundos que nascem conforme aceleram através de um cosmo. E o calor do fogo é o passar dos elementos que não podem mais ser o que eram, pois que, na aceleração, há sempre uma nova percepção de ti mesmo, cada vez mais elevada, sempre mais elevada, uma pessoa manifesta de Deus. Eu venho para renovar a chama da Mãe na Terra, em ti.[2]

Ver também

Mãe da Chama

Mãe

Ísis

Fontes

Mark L. Prophet e Elizabeth Clare Prophet, Os Mestres e a Senda Espiritual.

Mark L. Prophet e Elizabeth Clare Prophet, Os Mestres e os seus retiros, s.v. “Mãe do Mundo.”

  1. Helena Roerich, Mother of the World, Nova York: Agni Yoga Society, 1956, p.10, 13.
  2. Mother of the World, 13 de maio de 1979.