Hilarion/pt: Difference between revisions
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Hilarion é o [[Special:MyLanguage/chohan|chohan]] do quinto raio da cura e da verdade. É o hierarca do [[Special:MyLanguage/Temple of Truth|Templo da Verdade]], situado no plano etérico, próximo a Creta, na Grécia. | Hilarion é o [[Special:MyLanguage/chohan|chohan]] do quinto raio da cura e da verdade. É o hierarca do [[Special:MyLanguage/Temple of Truth|Templo da Verdade]], situado no plano etérico, próximo a Creta, na Grécia. | ||
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== Encarnações == | == Encarnações == | ||
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=== Sumo sacerdote no Templo da Verdade === | === Sumo sacerdote no Templo da Verdade === | ||
Hilarion foi um sumo sacerdote do Templo da Verdade, na [[Special:MyLanguage/Atlantis|Atlântida]], que transportou a chama e os objetos do Templo para a Grécia, pouco antes do afundamento do continente. O foco da Verdade que ele estabeleceu tornou-se o ponto focal dos oráculos de [[Special:MyLanguage/Delphi|Delfos]] – mensageiros da Verdade que, por centenas de anos, serviram sob a direção de [[Special:MyLanguage/Pallas Athena|Palas Atena]], até que magos negros entraram na Ordem Délfica e perverteram a Verdade que ali fora implantada. Por esse motivo, a Fraternidade deixou de servir a humanidade encarnada, pois as pessoas não conseguiam distinguir a Verdade do erro. | Hilarion foi um sumo sacerdote do Templo da Verdade, na [[Special:MyLanguage/Atlantis|Atlântida]], que transportou a chama e os objetos do Templo para a Grécia, pouco antes do afundamento do continente. O foco da Verdade que ele estabeleceu tornou-se o ponto focal dos oráculos de [[Special:MyLanguage/Delphi|Delfos]] – mensageiros da Verdade que, por centenas de anos, serviram sob a direção de [[Special:MyLanguage/Pallas Athena|Palas Atena]], até que magos negros entraram na Ordem Délfica e perverteram a Verdade que ali fora implantada. Por esse motivo, a Fraternidade deixou de servir a humanidade encarnada, pois as pessoas não conseguiam distinguir a Verdade do erro. | ||
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=== São Paulo === | === São Paulo === | ||
[[File:V&A - Raphael, St Paul Preaching in Athens (1515).jpg|thumb|alt=caption|'' | [[File:V&A - Raphael, St Paul Preaching in Athens (1515).jpg|thumb|alt=caption|''São Paulo Pregando em Atenas'', de Raphael (1515)]] | ||
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Hilarion | Mais tarde, Hilarion encarnou como Saulo de Tarso, que se tornou o apóstolo Paulo. Hilarion recorda o encontro que teve com o Cristo, naquela encarnação: | ||
<blockquote>[[Jesus]] | <blockquote> | ||
Nós o chamávamos de [[Special:MyLanguage/Jesus|Jesus]], o Cristo, e éramos chamados por ele, assim como também vós sois chamados neste dia. Lembro as memórias de quando veio até mim, enchendo-me de poder com a sua Palavra. Mas, primeiro, humilhou-me na estrada para Damasco, humilhação de que eu tanto necessitava para poder render-me à minha chama Crística, à chama que ele me revelou, como também me deu a chave para meditar nessa chama e, assim, seguir as suas pegadas no Quinto Raio da ciência, da cura, do apostolado e da pregação da Palavra. | |||
Geralmente, sentia-me como se fosse as mãos, os pés e o coração de [[Special:MyLanguage/Hercules|Hércules]], lutando contra as espirais negativas e descendentes da Terra, com o seu ateísmo, agnosticismo, orgulho espiritual e rancor contra os profetas e o Santo de Deus, que tinha estado tão recentemente entre nós. No entanto, lembro-me de que fui um deles. Por ter sido tão orgulhoso e tão deliberadamente contrário à vontade de Deus, sempre estará acesa na minha memória a impotência que todos temos como instrumentos de Deus. O grande poder que a Palavra confere manifesta-se, meus amados, na hora da conversão. Não na hora do chamado, mas na hora da conversão, quando a alma responde com algo de muito profundo. É o fluxo, a doação, a renúncia quando, como Ele disse, “dura coisa é recalcitrardes contra os aguilhões”. | |||
A minha alma conhecia-o há muito tempo e trouxe à minha mente exterior a memória do voto interior. Não era a primeira vez que eu via o Senhor Cristo. Eu vira-o antes de encarnar e, ainda assim, tive de lidar com o orgulho, esse carma do Quinto Raio, de aprender muito, estudar muito e de sentir-me social e intelectualmente superior aos primeiros cristãos. Foi o meu próprio carma que desceu sobre mim e me fez resistir ao chamado.<ref>{{LSR-pt}}, p. 335-36.</ref> | |||
</blockquote> | |||
<blockquote> | <blockquote>Quando viajei pela estrada para Damasco, o meu Senhor seguiu-me. Sim, amados, eu estava cego, não pela luz dele, mas pelo meu pecado e pela alquimia da sua luz que penetrava os registros de pecado no meu ser. E, convertido pelo Espírito do Senhor, na plena manifestação de Jesus Cristo sobre mim, refiz o meu rumo.<ref>Hilarion, The Revolution of Truth (A Revolução da Verdade), Pérolas de Sabedoria, vol. 36, n° 45, 3 de outubro de 1993.</ref></blockquote> | ||
Depois de se converter ao Cristo, Paulo manteve-se isolado, num deserto árabe, por um certo tempo. Em Gálatas 1:16-18, há um registro seu que diz: “não consultei carne nem sangue, nem subi a Jerusalém para estar com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a Arábia, e voltei outra vez a Damasco. Depois, passados três anos, subi a Jerusalém”. | |||
Analistas sempre especularam sobre as atividades de Paulo, durante a sua estada no deserto. Hilarion explicou que Jesus o levou, “junto com outros indivíduos, para o seu retiro sobre a Terra Santa e a Arábia. Ali fiquei e fui ensinado por ele. Nisso se resumiu a minha meditação com Jesus, levado como fora, nos meus quatro corpos inferiores e treinado diretamente de coração para coração”.<ref>Hilarion, Preach the Gospel of Salvation in Every Nation! (Pregai o Evangelho da Salvação em Todas as Nações), Pérolas de Sabedoria, vol. 33, n° 39, 7 de outubro de 1990.</ref> | |||
Por ter consentido no apedrejamento de Santo Estevão – o primeiro mártir cristão – perseguido e matado os cristãos de maneira ativa, Paulo não ascendeu no final daquela vida. Tirar a vida de alguém numa encarnação, requer frequentemente outra encarnação para equilibrar o carma contraído. | |||
O Mestre Ascenso Hilarion explicou por que precisou encarnar, uma vez mais, antes de ascender: | |||
<blockquote> | <blockquote>Não vos esqueçais que nós, os apóstolos do Cristo, viemos sob a dispensação da Lei que exigia que uma pessoa equilibrasse 100% do carma, antes de a alma fazer a ascensão na luz.<ref>Desde a concessão da nova dispensação, no início do século vinte, é possível ascender tendo equilibrado apenas 51% de carma. A porção restante é resgatada em níveis internos, após a ascensão.</ref> Por isso, fui obrigado a reparar os pecados que cometi antes de receber o meu Senhor na vida como Paulo e na seguinte, como Santo Hilarião.<ref>Hilarion, The Revolution of Truth (A Revolução da Verdade), Pérolas de Sabedoria, vol. 36, n° 45, 3 de outubro de 1993.</ref></blockquote> | ||
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=== Santo Hilarião === | |||
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E Jesus, que promoveu Paulo para ser seu apóstolo, patrocinou a sua encarnação final, como Santo Hilarião (c. 290 a 372 d.C.), o fundador do monasticismo, na Palestina. | |||
Hilarion | Hilarion passou vinte anos no deserto, preparando-se para a sua missão, e só então realizou o primeiro milagre: com Deus atuando por seu intermédio, ele curou uma mulher estéril, dando-lhe condições para que concebesse um filho. Daquele dia em diante, o santo dedicou-se ao ministério da cura. | ||
Invocando o nome de Jesus, Hilarião curou crianças com febre e paralíticos, e expulsou muitos demônios. Multidões juntavam-se ao seu redor para serem curadas de doenças e libertadas de espíritos impuros. As pessoas seguiam-no até mesmo aos lugares mais remotos e desolados. Várias vezes ele tentou esconder-se, mas sempre era encontrado e obrigado a seguir a sua verdadeira vocação, por amor a Jesus. | |||
Jerônimo, cuja biografia do santo nos dá o maior número de informações, registra: | |||
<blockquote> | <blockquote>A frequência com que realizava milagres na Sicília atraia multidões de doentes e religiosos. Um dos comandantes locais foi curado de um edema no mesmo dia em que se encontrou com o santo, e ofereceu-lhe uma grande quantidade de presentes. Mas Hilarião obedeceu ao Salvador, dizendo: “De graça recebestes; de graça dai”.</blockquote> | ||
Houve uma ocasião em que um terremoto aterrador e o mar ameaçavam destruir a cidade. Segundo Jerônimo, o mar transbordou e “como se Deus ameaçasse enviar outro dilúvio ou tudo estivesse retornando ao caos primordial, os navios foram jogados sobre rochedos íngremes e ali ficaram”. | |||
O povo da cidade, vendo montanhas de água aproximar-se, correu até Hilarião e “como se o conduzissem a uma batalha, levaram-no até à praia. Quando ele desenhou três cruzes na areia e impôs as mãos em direção às águas, estas ergueram-se a uma altura incrível e assim ficaram diante dele, até que, enfurecidas e como que indignadas diante da barreira criada, foram retrocedendo, pouco a pouco”. | |||
No final da vida, o santo do povo – pois o povo o considerava propriedade sua – retirou-se para um local bastante remoto, em Chipre, convencido de que ninguém o encontraria. O local era até um pouco mal-assombrado o que o fez pensar que as pessoas teriam medo de se aproximar. Mas, um paralítico arrastou-se até lá, descobriu Hilarião, foi curado e espalhou a notícia. | |||
O santo terminou os seus dias naquele vale, sempre recebendo as muitas pessoas que iam vê-lo. Depois da sua morte, os seus seguidores enterraram-no ali, como ele desejara. Mas, passados alguns meses, o seu discípulo mais próximo, Esíquio, desenterrou-o, em segredo, e levou o corpo para a Palestina. | |||
O Mestre Ascenso Hilarion compartilhou conosco uma revelação que lhe foi feita, na sua última encarnação física na Terra, quando foi o grande curador e eremita que vivia nos desertos da Palestina e de Chipre. Ele disse: | |||
<blockquote> | <blockquote>EU SOU Hilarion! Caminhei por lugares desertos! Busquei refúgio no deserto da vida, mas as multidões seguiram-me. Vinham em busca da fonte curativa, vinham pelo amor. Mesmo que eu me isolasse, eles seguiam-me. E o Senhor explicou-me que o dom da Verdade e da cura existe apenas para ser compartilhado, para ser doado.<ref>{{LSR-pt}}, p. 343.</ref></blockquote> | ||
Hilarion | Hilarion tinha um extraordinário dom de cura. Os grandes curadores da humanidade, que conseguem levar as almas ao ponto de resolução e de plenitude, com o toque das mãos ou ao simples comando: “Sê curado”, são enviados por Deus. O que identifica o verdadeiro curador é que ele caminha à sombra da poderosa Presença do EU SOU, é humilde perante Deus e o homem, e confere a Deus toda a glória do trabalho que Ele realiza por seu intermédio, sabendo que é apenas um instrumento do Espírito Santo. Esses santos de Deus são modestos e nem sempre revelam que têm o dom da cura. | ||
== | <span id="Hilarion’s_mission_today"></span> | ||
== A missão de Hilarião hoje == | |||
A melodia “Avante, Soldados Cristãos” pode ser executada para atrair a radiação de Hilarion. Com ela é possível sentir o mesmo fervor e dedicação que fizeram com que o apóstolo Paulo inspirasse os primeiros cristãos a estabelecer a Igreja do Cristo, na Ásia Menor e, por fim, em todo o mundo. Com as palavras a seguir, ele infunde-nos com a coragem | |||
necessária para cumprirmos a nossa missão. | |||
<blockquote> | <blockquote> | ||
Digo-vos, então, apóstolos do Deus Altíssimo, ponde-vos a caminho! É a mudança dos campos de força, a mudança das botas, que produz um tremor nos joelhos. Peço que vos mantenhais ocupados. Esquerda, direita, esquerda, direita, mais um passo, avante! Descobrireis o que Deus quer que façais. Não há porque vos sentardes e vos maravilhardes! Há trabalho – trabalho na ação do Espírito Santo. A alegria do serviço está na verdadeira fraternidade e na verdadeira comunidade. | |||
Descobri o que Deus vos faria descobrir sobre vós mesmos, se Ele vos mergulhasse no grande fluxo cósmico, no fluxo contínuo do serviço. Descobri o que é o ensinamento, vivenciando-o. E descobri o que reservamos para vós, em Creta, que é nossa tarefa como representantes da Verdade”.<ref>Idem, p. 346.</ref> | |||
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== Retiro == | |||
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A [[Special:MyLanguage/Brotherhood of Truth|Fraternidade da Verdade]], no retiro de Hilarion, sobre Creta, utiliza a chama da cura, da ciência e da constância ali focalizada. Os seus membros trabalham com as pessoas que se desiludiram com a vida, com a religião e com os que representaram ou interpretaram erroneamente a Verdade e que, por isso, se tornaram ateus, agnósticos ou céticos. | |||
Os Irmãos de Creta também trabalham com os médicos e os cientistas e auxiliam-nos nas suas pesquisas. Podemos invocar Hilarion pedindo a cura e a integridade para a conversão das almas e para que a verdade seja revelada pela mídia. | |||
== | <span id="See_also"></span> | ||
== Ver também == | |||
[[Chohans]] | [[Special:MyLanguage/Chohans|Chohans]] | ||
[[Brotherhood of Truth]] | [[Special:MyLanguage/Brotherhood of Truth|Fraternidade da Verdade]] | ||
Para uma dispensação especifica de cura de Hilarion, ver [[Special:MyLanguage/Emerald-teal ray|raio azul-esmeralda]]. | |||
== | <span id="For_more_information"></span> | ||
== Para mais informações == | |||
{{LSR}} | {{LSR-pt}} | ||
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== | <span id="Sources"></span> | ||
== Fontes == | |||
{{MTR}}, s.v. “Hilarion.” | {{MTR-pt}}, s.v. “Hilarion.” | ||
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<references /> | <references /> | ||
Latest revision as of 21:54, 19 October 2023
Hilarion é o chohan do quinto raio da cura e da verdade. É o hierarca do Templo da Verdade, situado no plano etérico, próximo a Creta, na Grécia.
Encarnações
Sumo sacerdote no Templo da Verdade
Hilarion foi um sumo sacerdote do Templo da Verdade, na Atlântida, que transportou a chama e os objetos do Templo para a Grécia, pouco antes do afundamento do continente. O foco da Verdade que ele estabeleceu tornou-se o ponto focal dos oráculos de Delfos – mensageiros da Verdade que, por centenas de anos, serviram sob a direção de Palas Atena, até que magos negros entraram na Ordem Délfica e perverteram a Verdade que ali fora implantada. Por esse motivo, a Fraternidade deixou de servir a humanidade encarnada, pois as pessoas não conseguiam distinguir a Verdade do erro.
São Paulo
► Artígo principal: São Paulo
Mais tarde, Hilarion encarnou como Saulo de Tarso, que se tornou o apóstolo Paulo. Hilarion recorda o encontro que teve com o Cristo, naquela encarnação:
Nós o chamávamos de Jesus, o Cristo, e éramos chamados por ele, assim como também vós sois chamados neste dia. Lembro as memórias de quando veio até mim, enchendo-me de poder com a sua Palavra. Mas, primeiro, humilhou-me na estrada para Damasco, humilhação de que eu tanto necessitava para poder render-me à minha chama Crística, à chama que ele me revelou, como também me deu a chave para meditar nessa chama e, assim, seguir as suas pegadas no Quinto Raio da ciência, da cura, do apostolado e da pregação da Palavra.
Geralmente, sentia-me como se fosse as mãos, os pés e o coração de Hércules, lutando contra as espirais negativas e descendentes da Terra, com o seu ateísmo, agnosticismo, orgulho espiritual e rancor contra os profetas e o Santo de Deus, que tinha estado tão recentemente entre nós. No entanto, lembro-me de que fui um deles. Por ter sido tão orgulhoso e tão deliberadamente contrário à vontade de Deus, sempre estará acesa na minha memória a impotência que todos temos como instrumentos de Deus. O grande poder que a Palavra confere manifesta-se, meus amados, na hora da conversão. Não na hora do chamado, mas na hora da conversão, quando a alma responde com algo de muito profundo. É o fluxo, a doação, a renúncia quando, como Ele disse, “dura coisa é recalcitrardes contra os aguilhões”.
A minha alma conhecia-o há muito tempo e trouxe à minha mente exterior a memória do voto interior. Não era a primeira vez que eu via o Senhor Cristo. Eu vira-o antes de encarnar e, ainda assim, tive de lidar com o orgulho, esse carma do Quinto Raio, de aprender muito, estudar muito e de sentir-me social e intelectualmente superior aos primeiros cristãos. Foi o meu próprio carma que desceu sobre mim e me fez resistir ao chamado.[1]
Quando viajei pela estrada para Damasco, o meu Senhor seguiu-me. Sim, amados, eu estava cego, não pela luz dele, mas pelo meu pecado e pela alquimia da sua luz que penetrava os registros de pecado no meu ser. E, convertido pelo Espírito do Senhor, na plena manifestação de Jesus Cristo sobre mim, refiz o meu rumo.[2]
Depois de se converter ao Cristo, Paulo manteve-se isolado, num deserto árabe, por um certo tempo. Em Gálatas 1:16-18, há um registro seu que diz: “não consultei carne nem sangue, nem subi a Jerusalém para estar com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a Arábia, e voltei outra vez a Damasco. Depois, passados três anos, subi a Jerusalém”.
Analistas sempre especularam sobre as atividades de Paulo, durante a sua estada no deserto. Hilarion explicou que Jesus o levou, “junto com outros indivíduos, para o seu retiro sobre a Terra Santa e a Arábia. Ali fiquei e fui ensinado por ele. Nisso se resumiu a minha meditação com Jesus, levado como fora, nos meus quatro corpos inferiores e treinado diretamente de coração para coração”.[3]
Por ter consentido no apedrejamento de Santo Estevão – o primeiro mártir cristão – perseguido e matado os cristãos de maneira ativa, Paulo não ascendeu no final daquela vida. Tirar a vida de alguém numa encarnação, requer frequentemente outra encarnação para equilibrar o carma contraído.
O Mestre Ascenso Hilarion explicou por que precisou encarnar, uma vez mais, antes de ascender:
Não vos esqueçais que nós, os apóstolos do Cristo, viemos sob a dispensação da Lei que exigia que uma pessoa equilibrasse 100% do carma, antes de a alma fazer a ascensão na luz.[4] Por isso, fui obrigado a reparar os pecados que cometi antes de receber o meu Senhor na vida como Paulo e na seguinte, como Santo Hilarião.[5]
Santo Hilarião
► Artígo principal: Santo Hilarião
E Jesus, que promoveu Paulo para ser seu apóstolo, patrocinou a sua encarnação final, como Santo Hilarião (c. 290 a 372 d.C.), o fundador do monasticismo, na Palestina.
Hilarion passou vinte anos no deserto, preparando-se para a sua missão, e só então realizou o primeiro milagre: com Deus atuando por seu intermédio, ele curou uma mulher estéril, dando-lhe condições para que concebesse um filho. Daquele dia em diante, o santo dedicou-se ao ministério da cura.
Invocando o nome de Jesus, Hilarião curou crianças com febre e paralíticos, e expulsou muitos demônios. Multidões juntavam-se ao seu redor para serem curadas de doenças e libertadas de espíritos impuros. As pessoas seguiam-no até mesmo aos lugares mais remotos e desolados. Várias vezes ele tentou esconder-se, mas sempre era encontrado e obrigado a seguir a sua verdadeira vocação, por amor a Jesus.
Jerônimo, cuja biografia do santo nos dá o maior número de informações, registra:
A frequência com que realizava milagres na Sicília atraia multidões de doentes e religiosos. Um dos comandantes locais foi curado de um edema no mesmo dia em que se encontrou com o santo, e ofereceu-lhe uma grande quantidade de presentes. Mas Hilarião obedeceu ao Salvador, dizendo: “De graça recebestes; de graça dai”.
Houve uma ocasião em que um terremoto aterrador e o mar ameaçavam destruir a cidade. Segundo Jerônimo, o mar transbordou e “como se Deus ameaçasse enviar outro dilúvio ou tudo estivesse retornando ao caos primordial, os navios foram jogados sobre rochedos íngremes e ali ficaram”.
O povo da cidade, vendo montanhas de água aproximar-se, correu até Hilarião e “como se o conduzissem a uma batalha, levaram-no até à praia. Quando ele desenhou três cruzes na areia e impôs as mãos em direção às águas, estas ergueram-se a uma altura incrível e assim ficaram diante dele, até que, enfurecidas e como que indignadas diante da barreira criada, foram retrocedendo, pouco a pouco”.
No final da vida, o santo do povo – pois o povo o considerava propriedade sua – retirou-se para um local bastante remoto, em Chipre, convencido de que ninguém o encontraria. O local era até um pouco mal-assombrado o que o fez pensar que as pessoas teriam medo de se aproximar. Mas, um paralítico arrastou-se até lá, descobriu Hilarião, foi curado e espalhou a notícia.
O santo terminou os seus dias naquele vale, sempre recebendo as muitas pessoas que iam vê-lo. Depois da sua morte, os seus seguidores enterraram-no ali, como ele desejara. Mas, passados alguns meses, o seu discípulo mais próximo, Esíquio, desenterrou-o, em segredo, e levou o corpo para a Palestina.
O Mestre Ascenso Hilarion compartilhou conosco uma revelação que lhe foi feita, na sua última encarnação física na Terra, quando foi o grande curador e eremita que vivia nos desertos da Palestina e de Chipre. Ele disse:
EU SOU Hilarion! Caminhei por lugares desertos! Busquei refúgio no deserto da vida, mas as multidões seguiram-me. Vinham em busca da fonte curativa, vinham pelo amor. Mesmo que eu me isolasse, eles seguiam-me. E o Senhor explicou-me que o dom da Verdade e da cura existe apenas para ser compartilhado, para ser doado.[6]
Hilarion tinha um extraordinário dom de cura. Os grandes curadores da humanidade, que conseguem levar as almas ao ponto de resolução e de plenitude, com o toque das mãos ou ao simples comando: “Sê curado”, são enviados por Deus. O que identifica o verdadeiro curador é que ele caminha à sombra da poderosa Presença do EU SOU, é humilde perante Deus e o homem, e confere a Deus toda a glória do trabalho que Ele realiza por seu intermédio, sabendo que é apenas um instrumento do Espírito Santo. Esses santos de Deus são modestos e nem sempre revelam que têm o dom da cura.
A missão de Hilarião hoje
A melodia “Avante, Soldados Cristãos” pode ser executada para atrair a radiação de Hilarion. Com ela é possível sentir o mesmo fervor e dedicação que fizeram com que o apóstolo Paulo inspirasse os primeiros cristãos a estabelecer a Igreja do Cristo, na Ásia Menor e, por fim, em todo o mundo. Com as palavras a seguir, ele infunde-nos com a coragem necessária para cumprirmos a nossa missão.
Digo-vos, então, apóstolos do Deus Altíssimo, ponde-vos a caminho! É a mudança dos campos de força, a mudança das botas, que produz um tremor nos joelhos. Peço que vos mantenhais ocupados. Esquerda, direita, esquerda, direita, mais um passo, avante! Descobrireis o que Deus quer que façais. Não há porque vos sentardes e vos maravilhardes! Há trabalho – trabalho na ação do Espírito Santo. A alegria do serviço está na verdadeira fraternidade e na verdadeira comunidade.
Descobri o que Deus vos faria descobrir sobre vós mesmos, se Ele vos mergulhasse no grande fluxo cósmico, no fluxo contínuo do serviço. Descobri o que é o ensinamento, vivenciando-o. E descobri o que reservamos para vós, em Creta, que é nossa tarefa como representantes da Verdade”.[7]
Retiro
► Artígo principal: Templo da Verdade
A Fraternidade da Verdade, no retiro de Hilarion, sobre Creta, utiliza a chama da cura, da ciência e da constância ali focalizada. Os seus membros trabalham com as pessoas que se desiludiram com a vida, com a religião e com os que representaram ou interpretaram erroneamente a Verdade e que, por isso, se tornaram ateus, agnósticos ou céticos.
Os Irmãos de Creta também trabalham com os médicos e os cientistas e auxiliam-nos nas suas pesquisas. Podemos invocar Hilarion pedindo a cura e a integridade para a conversão das almas e para que a verdade seja revelada pela mídia.
Ver também
Para uma dispensação especifica de cura de Hilarion, ver raio azul-esmeralda.
Para mais informações
Mark L. Prophet e Elizabeth Clare Prophet, Senhores dos Sete Raios (SLB Editora)
Fontes
Mark L. Prophet e Elizabeth Clare Prophet, Os Mestres e os seus retiros, s.v. “Hilarion.”
- ↑ Mark L. Prophet e Elizabeth Clare Prophet, Senhores dos Sete Raios (SLB Editora), p. 335-36.
- ↑ Hilarion, The Revolution of Truth (A Revolução da Verdade), Pérolas de Sabedoria, vol. 36, n° 45, 3 de outubro de 1993.
- ↑ Hilarion, Preach the Gospel of Salvation in Every Nation! (Pregai o Evangelho da Salvação em Todas as Nações), Pérolas de Sabedoria, vol. 33, n° 39, 7 de outubro de 1990.
- ↑ Desde a concessão da nova dispensação, no início do século vinte, é possível ascender tendo equilibrado apenas 51% de carma. A porção restante é resgatada em níveis internos, após a ascensão.
- ↑ Hilarion, The Revolution of Truth (A Revolução da Verdade), Pérolas de Sabedoria, vol. 36, n° 45, 3 de outubro de 1993.
- ↑ Mark L. Prophet e Elizabeth Clare Prophet, Senhores dos Sete Raios (SLB Editora), p. 343.
- ↑ Idem, p. 346.