João Evangelista

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São João, por Peter Paul Rubens

João Evangelista foi o discípulo que conviveu mais intimamente com Jesus Cristo. Ele é o autor do Livro do Apocalipse, ditado por Jesus, “enviado e notificado pelo seu anjo”. Além de ser o que melhor assimilou os ensinamentos místicos do Cristo, João também foi o único dos doze apóstolos a ascender naquela vida.

Suas vidas na Terra

Sob a tutela de José, protetor de Maria e de Jesus, João e o seu irmão Tiago foram treinados na comunidade essênia. Ao contemplar Jesus entrando no templo interior enquanto orava externamente, João percebeu o destino do Cristo. Anos depois, quando recebeu o chamado, João estava pronto para seguir o seu Senhor e o seu Mestre.

João também era o discípulo que melhor magnetizava o raio do amor. E expressou o amor que sentia, não apenas por Jesus, mas também pela luz do seu Cristo interior e pela própria missão que ele, acima de tudo, compreendeu e compartilhou. O discípulo conta que nutria um amor tão imenso por Jesus que, para ascender, precisou aprender o significado do amor impessoal.

João foi o único discípulo que não abandonou Jesus, enquanto ele morria na cruz. “Vendo Jesus ali a sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: ‘Mulher, eis o teu filho’. Depois disse ao discípulo: ‘Eis a tua mãe’”.[1] Assim, Jesus reconheceu João como o irmão espiritual que era digno de ser filho da sua própria mãe, e elevou-o ao nível do Cristo.

João encarnou integralmente o Cristo Pessoal. Se assim não fosse, Jesus não teria estabelecido o relacionamento entre o discípulo e a sua mãe, pois, no sentido arquetípico da Mãe Universal, Maria encarnava aquela chama. Quando Jesus lhe disse que João era seu filho, não falava apenas no sentido físico, mas no universal, João era Filho de Deus e da Mãe Divina, a quem Maria representava.

A caverna em Patmos, onde se diz que João recebeu o Livro do Apocalipse

João permaneceu em Jerusalém por um tempo, enquanto se desenrolavam as perseguições após a ressurreição de Jesus. Após o martírio de Pedro e de Paulo, ele estabeleceu-se em Éfeso, a maior cidade da Ásia Menor, onde Paulo centrara as suas atividades missionárias. Há uma tradição confirmada por Tertuliano e Jerônimo de que durante o reinado de Domiciano, João foi levado a Roma, onde a tentativa de matá-lo mergulhando-o num caldeirão de óleo a ferver foi frustrada. Sadraque, Mesaque e Abede-nego também passaram por esse teste de fogo.[2] João saiu do caldeirão intacto e foi banido para a ilha de Patmus, onde recebeu e registrou o Livro do Apocalipse.

Após a morte de Domiciano, no ano 96 d.C., João voltou para Éfeso. Muitos acreditam que o seu evangelho e as três epístolas que lhe são atribuídas, foram escritos nessa época, quando ele já estava com noventa e poucos anos. Acredita-se, também, que João tenha passado os últimos anos da sua vida em Éfeso e que ali morreu, com idade avançada, sobrevivendo a todos os apóstolos. Segundo alguns, ele simplesmente “desapareceu” – foi “levado”, como Elias, ou subiu aos céus, como a Virgem Santa. Outros testemunharam os milagres realizados com o pó do seu túmulo.

João foi Benjamin, o irmão mais novo de José, o sonhador. Dos onze irmãos que tinha, Benjamin era o que José mais amava. Os irmãos de José reencarnaram como seus discípulos, na encarnação em que ele foi Jesus.

Seu serviço hoje

O símbolo de João é uma cruz de Malta púrpura sobre uma outra de cor rosa, circundada por uma radiação dourada. No seu retiro, que fica nos reinos etéricos, sobre o estado do Arizona, está focada uma chama púrpura e dourada. Esta chama focaliza as quatro fases do poder do amor divino e, com ela, o mestre ensina a mestria do fogo, do ar, da água e da terra, como os quatro aspectos da natureza de Deus.

Essa ação é mantida pelo amado João e pelos irmãos e irmãs que servem no seu retiro e ensinam a impersonalidade impessoal do amor divino, por meio da mestria do elemento fogo; a personalidade impessoal do amor divino, por meio da mestria do elemento ar; a personalidade pessoal do amor divino, por meio da mestria do elemento água e a impersonalidade pessoal do amor divino por meio da mestria do elemento terra. (Esses quatro aspectos da consciência de Deus correspondem a Deus como Pai, Filho, Mãe e Espírito Santo.)

Os estudantes que desejam estudar os quatro aspectos da natureza de Deus e como eles podem resolver os problemas da civilização, causados pelas perversões do raio do amor no planeta, podem pedir para serem levados ao retiro de João Evangelista, enquanto dormem.

Ver também

Retiro de João Evangelista

Anjo do Apocalipse de João Evangelista

Livro do Apocalipse

Fontes

Mark L. Prophet e Elizabeth Clare Prophet, Os Mestres e os seus retiros, s.v. “João Evangelista.”

  1. João 19:27.
  2. Dn 3:20-26.