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Sobre essa representação de Maitreya, o erudito budista, Kenneth Ch’em, escreve:
Sobre essa representação de Maitreya, o erudito budista, Kenneth Ch’em, escreve:


<blockquote>Um traço da sua aparência o destacava: ele carregava um saco de cânhamo, onde quer que fosse. Dentro do saco, guardava tudo o que recebia e, por essa razão, o saco tornou-se objeto de muita curiosidade, especialmente para as crianças. Elas perseguiam-no, pulavam em cima dele e forçavam-no a abri-lo. Nessas ocasiões, ele colocava o saco no chão, tirava de dentro os objetos, um a um, de forma metódica, e de igual maneira colocava-os de volta. As expressões que lhe eram atribuídas eram todas enigmáticas e exprimiam características [zen]. Certa vez, um monge perguntou-lhe sobre o saco. Ele respondeu, colocando-no no chão. Quando indagado sobre o que aquele ato significava, ele ajeitou o saco nas costas e foi-se embora. Em outra ocasião,perguntaram-lhe quantos anos o saco tinha, ao que ele respondeu que era tão antigo quanto o espaço”.<ref>Kenneth, K. S. Ch’en, ''Buddhism in China: A Historical Survey'' Princeton, Nova Jersey: Princeton University Press, 1964 p. 405-6.</ref></blockquote>
<blockquote>Um traço da sua aparência o destacava: ele carregava um saco de cânhamo, onde quer que fosse. Dentro do saco, guardava tudo o que recebia e, por essa razão, o saco tornou-se objeto de muita curiosidade, especialmente para as crianças. Elas perseguiam-no, pulavam em cima dele e forçavam-no a abri-lo. Nessas ocasiões, ele colocava o saco no chão, tirava de dentro os objetos, um a um, de forma metódica, e de igual maneira colocava-os de volta. As expressões que lhe eram atribuídas eram todas enigmáticas e exprimiam características [zen]. Certa vez, um monge perguntou-lhe sobre o saco. Ele respondeu, colocando-no no chão. Quando indagado sobre o que aquele ato significava, ele ajeitou o saco nas costas e foi-se embora. Em outra ocasião, perguntaram-lhe quantos anos o saco tinha, ao que ele respondeu que era tão antigo quanto o espaço”.<ref>Kenneth, K. S. Ch’en, ''Buddhism in China: A Historical Survey'' Princeton, Nova Jersey: Princeton University Press, 1964 p. 405-6.</ref></blockquote>


O saco ilustra o mistério e o milagre do espaço sob a tutela do Buda.
O saco ilustra o mistério e o milagre do espaço sob a tutela do Buda.

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Lord Maitreya
Senhor Maitreya

O Senhor Maitreya, ocupa o cargo de Cristo Cósmico e Buda Planetário. Seu nome significa “bondade amorosa”, e ele focaliza a radiação do Cristo Cósmico para as evoluções da Terra. Maitreya é originário de Vênus. Guardião do planeta Terra, ele sucedeu o Senhor Gautama como Cristo Cósmico, quando Gautama assumiu o cargo de Senhor do Mundo, em cerimônia realizada no Royal Teton, em 1º de janeiro de 1956. No cargo de Cristo Cósmico, o Senhor Maitreya monitora possíveis mudanças terrestres, assim como as idas e vindas dos anjos caídos e o progresso dos Cristos encarnados.

A história do planeta registra inúmeros Budas que serviram as evoluções humanas, por meio dos passos e estágios da senda de bodhisattva. O Senhor Maitreya, o Cristo Cósmico, passou pelas iniciações do Buda e, nesta era, assumiu uma posição de destaque para ensinar todos aqueles que abandonaram o caminho do Grande Guru Sanat Kumara, de cuja linhagem ambos, ele e Gautama, descendem.

O Maitreya histórico

Maitreya é venerado no Tibete, na Mongólia, na China, no Japão e em toda a Ásia, onde os budistas o reverenciam como o “Ser Compassivo” e o Buda vindouro. Além de ser aceito por todos os budistas, Maitreya assume uma variedade enorme de papéis, em diferentes culturas e grupos religiosos. Esses papéis incluem o de guardião e restaurador do dharma; intercessor e protetor; o guru que comunga, inicia e ensina pessoalmente os seus devotos; o messias que vem ao mundo quando este está em conflagração; o mensageiro enviado pela Mãe Divina para resgatar os seus filhos e o de Buda Risonho Zen.

O erudito budista, Evans-Wentz, descreve Maitreya como o “Messias Budista que regenerará o mundo com o poder do amor divino e inaugurará uma Nova Era de Paz Universal e de Fraternidade. Atualmente, ele está no Céu de Tushita, de onde descerá e nascerá entre os homens, para se tornar o Buda vindouro, e revelar, mais uma vez, a Senda que conduz à Grande Libertação, como fizeram Gautama e a longa dinastia dos Budas que o precederam,”.[1]

O “Bonzo do Saco de Cânhamo”

The Hemp-bag Bonze lying on a sheet being held up by four children
O “Bonzo do Saco de Cânhamo” Japão, século dezessete

No budismo chinês, o Senhor Maitreya é retratado, por vezes, como o “Bonzo do Saco de Cânhamo” (um “bonzo” é um monge budista). Nesse papel Maitreya aparece como um Buda Risonho, roliço, alegre e barrigudo. Geralmente ele está sentado, segurando um saco e rodeado de crianças alegres que se penduram nele. Para os chineses, o Buda Risonho representa a prosperidade, a riqueza material e o contentamento espiritual. As crianças simbolizam a bênção de uma família numerosa.

Sobre essa representação de Maitreya, o erudito budista, Kenneth Ch’em, escreve:

Um traço da sua aparência o destacava: ele carregava um saco de cânhamo, onde quer que fosse. Dentro do saco, guardava tudo o que recebia e, por essa razão, o saco tornou-se objeto de muita curiosidade, especialmente para as crianças. Elas perseguiam-no, pulavam em cima dele e forçavam-no a abri-lo. Nessas ocasiões, ele colocava o saco no chão, tirava de dentro os objetos, um a um, de forma metódica, e de igual maneira colocava-os de volta. As expressões que lhe eram atribuídas eram todas enigmáticas e exprimiam características [zen]. Certa vez, um monge perguntou-lhe sobre o saco. Ele respondeu, colocando-no no chão. Quando indagado sobre o que aquele ato significava, ele ajeitou o saco nas costas e foi-se embora. Em outra ocasião, perguntaram-lhe quantos anos o saco tinha, ao que ele respondeu que era tão antigo quanto o espaço”.[2]

O saco ilustra o mistério e o milagre do espaço sob a tutela do Buda. Sua atemporalidade revela a mestria do Buda nos segmentos da eternidade, e da própria eternidade, por meio da chama da Mãe.

A linhagem de Sanat Kumara

Senhor Maitreya

Os Senhores Maitreya e Gautama foram os primeiros seres da humanidade a responder ao impulso magnético de Sanat Kumara para contemplar Deus e retornar ao estado divino no qual o homem foi criado e que deve manifestar no mundo da forma.

Em determinado momento, o ser que servira a Terra como Buda Planetário, decidiu retornar ao seu sistema planetário original, deixando o cargo vago para que algum guardião do planeta o preenchesse. O Senhor Maitreya candidatou-se para passar pelas iniciações que o qualificariam para o cargo. Séculos de disciplina, treinamento, devoção e mestria eram os requisitos necessários para alcançar a posição pleiteada. Gautama Buda, companheiro de Maitreya nos estudos de aperfeiçoamento dos requisitos mencionados foi quem alcançou o grau Búdico, por uma pequena margem de diferença. Ao Senhor Maitreya foi concedido o cargo imediato, de Instrutor do Mundo.

Como Instrutor Mundial, sua missão era planejar a instrução espiritual de que a raça humana mais necessitasse, em um período de dois mil anos. Sempre que houvesse um instrumento pronto e disponível, Maitreya deveria agir como medianeiro, polarizando os átomos dos quatro corpos inferiores daquela corrente de vida, para que o plano divino da fonte individualizada do EU SOU do ser pudesse fluir pelo seu instrumento, manifestando as obras de um Cristo, no mundo da forma.

O Senhor Maitreya é o instrutor de Jesus que, com Kuthumi, ocupa agora o cargo de Instrutor Mundial. Maitreya demonstra, em prol de uma humanidade em evolução, a consciência cósmica do Cristo em todas as áreas do conhecimento humano e a sua universalidade através do cosmo. Ele é conhecido como o Grande Iniciador e foi, de fato, o iniciador de Jesus na individualização da chama Crística, ocorrida na sua encarnação final como salvador do mundo e exemplo de caminho, de verdade e de vida para todos os aspirantes na senda da Cristicidade pessoal.

A Escola de Mistérios de Maitreya

Maitreya foi chela do Senhor Himalaia (manu da quarta raça-raiz) e mantem um foco de iluminação situado nas montanhas dos Himalaias. Ele também foi o guru das chamas gêmeas do Jardim do Éden, uma escola de mistérios da Fraternidade que, nessa altura, se localizava na Lemúria, próxima do local onde está hoje a cidade de San Diego (EUA). O Eden foi a primeira escola de mistérios do planeta Terra. Maitreya, citado no Livro de Gênesis como o Senhor Deus, foi o seu primeiro hierarca.

Desde a expulsão do homem e da mulher do Jardim do Éden – expulsão essa motivada pelo mau uso do fogo sagrado, pela aplicação incorreta do livre-arbítrio – a Grande Fraternidade Branca manteve escolas de mistérios e retiros que serviram de repositórios do conhecimento do fogo sagrado concedido às chamas gêmeas, quando estas demonstravam ter a disciplina necessária para se manterem no caminho da Árvore da Vida. A comunidade essênia serviu de repositório para certos mistérios antigos, assim como a escola de Crotona, dirigida por Pitágoras.

Após o afundamento da Lemúria e da Atlântida, as escolas de mistérios ali estabelecidas foram transferidas para a China, a Índia e o Tibete, assim como para a Europa, as Américas e o chamado Anel de Fogo do Pacífico, onde se mantiveram durante milhares de anos, até serem invadidas, uma a uma, pelas hordas das trevas.

Quando destruídas, os mestres ascensos que as patrocinavam removiam dali as chamas e os santuários sagrados para os seus retiros, no plano etérico. Ali, os discípulos eram treinados entre as encarnações ou em seus corpos sutis, (enquanto dormiam ou no samadhi), para que conseguissem alcançar o autoconhecimento divino que – até que Saint Germain uma vez mais o promovesse, no século vinte – não tinha estado disponível durante séculos para as massas da população, no plano físico. Maitreya explicou que, na época atual, o próprio mundo exterior se tornou o retiro no qual todos os homens receberão as iniciações e, se forem bem-sucedidos, conquistarão a liberdade eterna, a ascensão na luz.

A Escola de Mistérios reaberta

Artígo principal: [[Special:MyLanguage/Escola de Mistérios de Maitreya|{{{2}}}]]

Maitreya, o tão esperado “Buda Vindouro” veio, de fato, para reabrir a sua Escola de Mistérios e ajudar Saint Germain e Pórcia – as chamas gêmeas do sétimo raio e hierarcas da era de Aquário – a inaugurar uma nova era. Em 31 de maio de 1984, ele consagrou o Coração do Retiro Interno e todo o Rancho do Royal Teton à senda e ao ensinamento do Cristo Cósmico, para que aqueles que abandonaram a sua tutela e seguiram o caminho dos Serpentes – os anjos caídos que enganaram Eva – sejam reabilitados, e que, na sua regeneração, as crianças de luz sigam o Filho de Deus.

Um veleiro

Retiros

Artígo principal: [[Special:MyLanguage/O Foco da Iluminação|{{{2}}}]]

Artígo principal: [[Special:MyLanguage/Retiro de Maitreya sobre Tientsin, China|{{{2}}}]]

Além do Foco da Iluminação, seu retiro nos Himalaias, Maitreya também mantém um retiro etérico sobre Tientsin, China, a sudeste de Pequim, na China. Com o Senhor Gautama, ele ensina os estudantes que desejam graduar-se nas salas de aula do mundo, na Special:MyLanguage/Shamballa Oriental, na Special:MyLanguage/Shamballa Ocidental e no Special:MyLanguage/Retiro do Royal Teton.

Como patrocinador de chamas gêmeas, Maitreya é o amigo de todos os iniciados do fogo sagrado. Quando invocado, ele concede a iluminação do Cristo e a força da Palavra para que sejam passadas as iniciações submetidas sob o seu patrocínio.

Seu emblema é a forma-pensamento de um veleiro poderoso que vem ao entardecer, com as marés, buscar as almas da humanidade e levá-las para uma outra praia. A sua nota-chave musical é a canção “Ah, Sweet Mystery of Life” (O Doce Mistério da Vida).

Para mais informações

Elizabeth Clare Prophet, Maitreya on Initiation

Fontes

Mark L. Prophet and Elizabeth Clare Prophet, The Masters and Their Retreats, s.v. “Lord Maitreya.”

  1. Evantz-Wentz, W.Y, O Livro Tibetano da Grande Liberação, São Paulo: Editora Pensamento, 1995.
  2. Kenneth, K. S. Ch’en, Buddhism in China: A Historical Survey Princeton, Nova Jersey: Princeton University Press, 1964 p. 405-6.